Policial civil e o esposo ameaçam matar crianças da Assembleia de Deus, em Macapá


Quando pensamos que estamos vivendo no século XXI e que já superamos as “chagas” da Idade Média e do início do século XX, acontece mais um caso de intolerância religiosa em oposição aos evangélicos no Amapá. Desta feita, contra fieis da Assembleia de Deus – dentre eles, crianças e adolescentes - do Ministério Jeová Shammá, localizada no Km 7 da Rodovia JK, no Ramal do Micromundo, em Fazendinha. A igreja é presidida pela Pastora Eliédi Rosa.

A referida igreja funciona naquele ramal há 17 anos, desde a sua fundação, no dia 7 de julho de 2007, tudo nos termos da Constituição Federal, preâmbulo c/c o art. 5º, incisos VI, VII e VIII, art. 19, na Lei nº 10.825/2003, no Código Civil e legislação correlata e nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos (da ONU).

O CASO

Apesar da congregação estar funcionando conforme a legislação brasileira, recentemente, uma policial civil identificada como Cydilena das Chagas Martins, e seu esposo, Antônio Xisto, que é funcionário da Assembleia Legislativa do Amapá, compraram uma casa ao lado da igreja há mais ou menos um ano.

O curioso é que o casal deixou claro desde que se mudou para lá que “não gosta de crente”. E assim, vem praticando constantemente o crime de intolerância religiosa previsto e repugnado na Constituição Federal, artigo 5º e no artigo 208 do Código Penal.

Todavia, devido à boa vontade cristã, os fiéis afrontados em suas liberdades religiosas vêm tolerando, refreando confrontos e evitando acionar as autoridades policiais, administrativas, governamentais e jurídicas, na esperança de que o casal naturalmente abandone tais atitudes antissociais e ilegais.

Entretanto, na última sexta-feira (26), pela manhã, Cydilena e Xisto começaram o dia agitado, quebrando as janelas de vidro do templo. Ato contínuo, no sábado, 27, o caso escalou para o nível mais grave: pela manhã, durante a realização da programação infanto-juvenil especial de férias (EBF – Escola Bíblica de Férias), o casal se utilizou das próprias razões e das próprias forças para afrontar os integrantes da igreja, fato que é vedado pela legislação constitucional e penal brasileiras.

A situação evoluiu e o marido de Cydilena, Antônio Xisto, passou a baixar as calças e mostrar sua genitália no meio da rua para a pastora responsável pelo evento e para as crianças e adolescentes participantes da programação de final de férias, em curso na igreja. Tudo filmado, fotografado e disponibilizado nas redes sociais.

Para piorar, o homem entrou em sua casa pegou uma picareta e passou a quebrar o muro da entidade religiosa, ameaçando ferir e matar as pessoas que estavam no templo, dizendo que sua esposa, que é policial, “tem uma arma e vai dar tiro na cabeça de cada um”. Isso tudo diante dos fiéis adolescentes e crianças que estavam no local para a programação religiosa.


A POLÍCIA É CHAMADA

Rapidamente a liderança da igreja registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil e acionou os membros adultos para virem resguardar, da suposta violência, as crianças e jovens, chamando também a polícia, que enviou três viaturas ao local para conter o casal agressor.

Para que não acontecesse nenhuma tragédia, as programações da congregação, agendadas para o período da tarde daquele sábado, foram imediatamente suspensas para esvaziar o local da propalada ameaça de morte.

Como se tratava de uma policial civil e o marido dela, assessor da Assembleia Legislativa, os policiais que atenderam à ocorrência resolveram “tirar por menos”. Conversaram com o casal e não prenderam ninguém em flagrante delito, ainda que as ameaças se revelassem verdadeiras. Como a mulher agressora é policial civil, os policiais aconselharam para que ela e o esposo se aquietassem. Na saída, sugeriram que a igreja procurasse um advogado e acionasse imediatamente a Justiça.

Ao saber dos fatos, o Pr. Besaliel Rodrigues, do Conselho Estadual de Pastores do Amapá, forneceu auxílio jurídico à pastora ameaçada de morte e à igreja. Na mesma noite do sábado, 27, o setor jurídico do Conselho impetrou Ação Penal contra o casal ameaçador por meio do Processo TJAP nº 0014970-07.2024.8.03.0001, de responsabilidade do eminente Juiz de Direito Luís Guilherme Conversani. Os autos podem ser consultados por qualquer pessoa no site do Tribunal de Justiça do Amapá. Ao receber os Autos Conclusos, o magistrado, imediatamente, abriu vistas ao Ministério Público Criminal para colher as orientações penais do titular da Ação.

Nesse ínterim, devido à alta gravidade do caso, a igreja ameaçada e o Conselho de Pastores citados estarão comunicando o acontecido à Corregedoria da Polícia Civil do Amapá, à Comissão de Juristas Evangélicos da OAB/AP - responsável por zelar pelas liberdades religiosas do povo amapaense -, ao gabinete do Governador do Estado, à Assembleia Legislativa e ao Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília, para que tomem as providências que entenderem cabíveis dentro de suas esferas de atuação, antes mesmo que possa acontecer de o casal tentar matar algum crente da Assembleia de Deus do mencionado ramal.

Fonte: Ascom/Conselho Estadual de Pastores do Amapá. Imagens: Divulgação/Internet.

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